terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Uma passagem pelas coisas belas da vida

Casa Comum, 30 de Abril de 1931 

 Meu amigo Já há muito tempo que aqui não deixo ficar nada, mas quando apareço trago novidades. Você sabe que o Leitão de Barros acabou um novo filme, por acaso o primeiro filme sonoro português, a que tive o privilégio de assistir em audição privada para amigos, já que a estreia está prevista lá para o mês de Junho no São Luiz. A história é passada no século dezanove e narra as aventuras dum jovem cavaleiro, D. João, Conde de Marialva, dividido pelo amor da mítica e insinuante cigana Severa - a quem a lenda consagrou como fadista desditosa - e uma fidalga. Enredo ambientado nas lezírias e nas touradas. Adaptação da obra homónima da autoria de Júlio Dantas. Entre os vários colaboradores de Leitão de Barros neste filme conta-se o cineasta francês René Clair, na planificação do filme. Deixo-lhe um cheirinho do filme, um fado cantado pela protagonista Dina Teresa.  

 Como sempre mais virada para as questões da cultura, deixo-lhe a tarefa de comentar as politiquices nacionais e internacionais, esta que se vivem agora com as nossas revoltas internas sobretudo a da Madeira e Açores. Falo-lhe da morte de Anna Pavlova, a maior bailarina de sempre. Russa de São Petersburgo e que morreu em Haia, com 50 anos, no dia 23 do passado mês de Janeiro. Não posso acabar sem lhe recomendar o último do Charlie Chaplin o City Lights, porque sei o quanto vc aprecia o Charlot.

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